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A beleza das pequenas empresas

Vivian Berto de Castro



Foto: Cris Trung on Unsplash

Brasileiros (as) são grandes consumidores do mercado de cosméticos. Somos o terceiro maior mercado do mundo, além de pesquisa demonstrar que gastamos mais com beleza do que com alimentação. O mercado interno também consome 93% da produção nacional do setor.

E, apesar do mercado estar em grande parte tomado por grandes empresas, de atuação global, há espaço para os pequenos competirem por uma fatia. O segredo? Segmentação.


A definição curta e reta de cosméticos, segundo a CATEC (Câmara Técnica de Cosméticos) é “Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado”. Ou seja, há uma gama imensa de produtos que é parte imprescindível do dia-a-dia das pessoas.


O segredo para atuar nesse mercado é atuar em nichos - e aí as pequenas empresas entram, driblando grandes redes de produtos de higiene.

As embalagens são um ponto forte da indústria de cosméticos. Por se tratar de um setor muito segmentado, a embalagem deve falar com o público específico daquele creme, sabonete ou perfume. O design da embalagem também leva para o aspecto emocional e fala mais que o produto em si: um exemplo são as sempre bem-sucedidas embalagens da Natura.

Também é um setor que tem que estar sempre à busca de novidades, reinventando seus produtos e buscando novas tecnologias. O consumidor (mais notavelmente, a consumidora) é ávido por inovações.


Para atuar no mercado de beleza, é preciso atuar em nichos e estar atento às constantes inovações.

A distribuição de cosméticos no país é feita, principalmente, de porta-em-porta, em redes de lojas franqueadas e canais tradicionais como supermercados e farmácias. Algumas startups no Brasil na área de cosméticos investem em novas formas de distribuição. É o caso da Glambox, que, a partir de uma assinatura, envia para a casa da cliente uma caixa com os produtos da vez e estimula que ela divulgue os resultados nas redes sociais. E a segmentação também não é esquecida: o Men's Market é um e-commerce de produtos só para eles. . Pequenas lojas segmentadas também são uma aposta.

Há pequenas empresas atuando também na produção de cosméticos, por todo o país.. A baiana Amazun começou a funcionar em 2005, produzindo bases cosméticas para farmácias de manipulação. Hoje produz shampoos, condicionadores e sabonetes. Já a cearense Segredo da Essência faz cosméticos e perfumes.


Apostando em seu imenso e segmentado mercado interno (e em novos mercados, como a classe C), e em fontes de criatividade e matéria-prima natural brasileira, as pequenas empresas de cosméticos têm muito ainda o que crescer por aqui.

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